sábado, 19 de maio de 2012

Encontro da Família Dominicana na Ribeira de Santarém

Estou de regresso a casa, depois de ter passado o dia de hoje no Encontro da Família Dominicana, este ano celebrado em Santarém, local do nosso primeiro convento.

Contudo não foi por essa razão que Santarém foi escolhida para albergar o Encontro, mas sim pelo facto de ser, e mais particularmente a Ribeira de Santarém, o lugar de nascimento daquele que foi o primeiro dominicano da restauração da Província, frei Domingos Maria Frutuoso.

Logo cedo nos encontrámos na Ribeira de Santarém, do outro lado da linha do comboio, pois foi numa daquelas casas da Ribeira que frei Domingos Maria Frutuoso veio ao mundo e foi na igreja paroquial de Santa Iria que foi baptizado a 3 de Março de 1867.


Vindos de vários pontos do país ali nos encontrámos para prestar a homenagem possível, ficar a conhecer um pouco a figura e obra de frei Domingos Maria Frutuoso e aprofundar os nossos laços de fraternidade enquanto Família Dominicana.





Após as saudações habituais de quem já não se vê há algum tempo, alguns de nós desde o passeio do ano passado a Viana do Castelo, onde tivemos convento fundado por frei Bartolomeu dos Mártires e frei Domingos Frutuoso comprou uma casa que veio a ser a primeira casa da restauração, iniciou-se oficialmente o Encontro no Teatro Clube Ribeirense com a apresentação de uma resenha da figura e obra de frei Domingos Maria Frutuoso.



Seguiu-se depois uma visita à Ribeira de Santarém, na qual não podia deixar de faltar o Padrão de Santa Iria e o Museu Etnográfico local, e que foi gentilmente conduzida por um dos elementos da Autarquia local.







Para almoçar reunimo-nos no Seminário de Santarém, antigo colégio jesuíta, e no qual frei Domingos Maria Frutuoso fez a sua formação em ordem à ordenação para o clero do Patriarcado de Lisboa, pois no século XIX Santarém fazia ainda parte do Patriarcado de Lisboa. No antigo refeitório jesuíta pudemos partilhar e desfrutar entre todos o que cada um tinha levado para o almoço.




Seguiu-se um espaço de tempo livre que alguns de nós aproveitámos para tentar ver o antigo Mosteiro Dominicano das Donas de Santarém, tentativa infrutífera uma vez que ali está o quartel da PSP, e o que resta do Convento de São Domingos, uma escalavrada parede onde os restos de pedra lavrada deixam supor que pertencesse ao antigo refeitório. Como não podia deixar de ser passámos também pela igreja do Santíssimo Milagre, hoje santuário.




Para concluir o Encontro celebrámos a Eucaristia na Sé, na antiga igreja do colégio dos jesuítas, um exemplo acabado do estilo barroco e arquitectura jesuítica, e que merece uma visita mais prolongada.








No momento da despedida pudemos ainda apreciar as relíquias de frei Gil de Santarém, cuja urna se encontra na sacristia da Sé.


Foi um dia tranquilo, de muita serenidade e fraternidade e por isso não podemos deixar de dar graças a Deus e agradecer a todos aqueles que o proporcionaram. As fotografias testemunham o vivido neste dia 19 de Maio de 2012.



Ilustrações:
1 – Imagem de Santa Iria junto ao rio Tejo na Ribeira de Santarém.
2 – Membros do grupo em passeio pelas ruas da Ribeira de Santarém.
3 – Interior do Teatro Clube Ribeirense com os membros da Família Dominicana.
4 – Grupo dos visitantes junto ao Padrão de Santa Iria.
5 – Aspecto do refeitório e momento de confraternização ao almoço.
6 – Resto da parede do antigo Convento de São Domingos.
7 – Celebração da Eucaristia presidida pelo Prior Provincial frei José Nunes.
9 – Urna com as reliquias de São frei Gil de Santarém.

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    Bem-haja pela partilha do “Encontro da Família Dominicana na Ribeira de Santarém”, pelo conteúdo, pelas ilustrações. Desejo que tenham tido a oportunidade de ficar a conhecer um pouco a figura e obra de Frei Domingos Maria Frutuoso. Coincidência ou não, Frei José Carlos, e conquanto possa parecer pouco curial, no dia em que publicou o texto sobre a ordenação episcopal de Frei Domingos Maria Frutuoso, segundo o jornal “A Época”, a surpresa da “imponência da solenidade” levou-me a procurar nos textos que tem escrito sobre a História da Província algo que me ajudasse a compreender quem tinha sido este irmão. Como não encontrei e há comentários que devemos saber guardar para nós, decidi nada escrever. A História (cronológica) é feita por múltiplos actores e acontecimentos e espera-se que traduza a realidade dos factos. Mas a engrenagem da História ultrapassa, muitas vezes, o ser e o estar dos intervenientes ...
    Apreciei ler e observar a partilha. Desejo que tenha sido um dia gratificante para todos vós. Dêmos graças a Deus. Que o Senhor o abençõe e o guarde.
    Votos de um bom domingo.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

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