Tudo começou com uma simples pergunta, “Mestre onde moras?”, e Jesus respondeu-lhes “Vinde e vede”.
Jesus mora no amor do Pai, no amor de Deus, habita em Deus e permanece no seu amor e o convite que fez àqueles dois discípulos foi que fizessem essa experiência com ele, indo com ele, vendo como ele vivia, permanecendo no seu amor no amor do Pai.
Toda a vida de Jesus, toda a sua missão junto dos discípulos e do povo de Israel, não pode deixar de ser entendida como essa pedagogia para nos ensinar a habitar no amor do Pai.
Desde as primeiras palavras Jesus guiou os discípulos e guia-nos a cada um de nós a encontrarmos a morada verdadeira e a permanecer nela, a morada do amor.
Jesus permaneceu no amor do Pai, essa foi a sua morada verdadeira, e por isso pôde enfrentar todos os desafios, uma vez que se sabia amado, guardado no amor divino.
Dessa experiência não podia deixar de nascer o mandamento do amor, o mandamento de vivermos no amor, porque afinal essa é a original e verdadeira forma existencial do ser humano, das criaturas de Deus.
Ao regressar ao Pai, ao retornar à morada eterna, Jesus deixa-nos o mandamento do amor como forma de expressão dessa mesma habitação em que vive e nos convida a viver. Habitar no amor do Pai e traduzir essa habitação em amor ao próximo.
E para que não nos perdêssemos nessa maravilha, para que não nos sentíssemos avassalados pela dimensão do mandamento, Jesus deixou-nos o exemplo, mostrou-nos como pelo dom da vida, pela simplicidade e humildade, pela obediência, com a graça do Espírito Santo, podíamos em verdade e plenitude viver o mandamento e permanecer no amor do Pai.
O dom da nossa vida, a possibilidade de fazermos da nossa vida habitação de amor para outros, é assim o cumprimento do mandamento de Jesus e habitação em Deus de cada um de nós.
Ilustração: “Porta do Albergue de Peregrinos San Nicolás de Puente Fitero. Caminho Santiago, 11 de Maio de 2010.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarCada um de nós, à sua maneira, nem sempre com o tempo apropriado, as palavras oportunas e o silêncio necessários, agradecemos diariamente o dom do amor de Deus, o dom da vida, o dom do dia que iniciamos ou terminamos.
Como nos salienta ...” Jesus deixou-nos o exemplo, mostrou-nos como pelo dom da vida, pela simplicidade e humildade, pela obediência, com a graça do Espírito Santo, podíamos em verdade e plenitude viver o mandamento e permanecer no amor do Pai.
O dom da nossa vida, a possibilidade de fazermos da nossa vida habitação de amor para outros, é assim o cumprimento do mandamento de Jesus e habitação em Deus de cada um de nós.”…
Obrigada, Frei José Carlos, pela partilha da Meditação que nos ajuda a compreender como viver o mandamento do amor e a permanecer em Jesus.
Grata igualmente pela ilustração que escolheu e cuja contemplação leva-me a cruzar o conteúdo da Meditação de hoje com a do dia 30 de Abril de 2012 (“Eu sou a porta”, Jo 10,9).
Que o Senhor o abençõe e proteja.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
Frei José Carlos,
ResponderEliminarAgradeço-lhe,o excelente texto do Evangelho de São João,belo e profundo,que nos ajudou a Meditar mais profundamente, esta maravilhosa partilha,que muito gostei.Faço minhas as palavras do Frei José Carlos...O dom da nossa vida,a possibilidade de fazermos da nossa vida habitação de amor para outros,é assim o cumprimento do mandamento de Jesus e habitação em Deus de cada um de nós.Obrigada,Frei José Carlos,pela profundidade desta Meditação,que partilhou connosco,tão rica de sentido para as nossas vidas.Bem-haja,Frei José Carlos.
Que o Senhor o ilumine e o abençõe.Desejo-lhe uma boa noite.
Um abraço fraterno.
AD