Quando me ordenei de
sacerdote, um dos conselhos que me foi dado pelos meus irmãos mais velhos, é
que devia ter cuidado com os convites para os casamentos.
Presidir a um
casamento é um serviço que prestamos, um ministério que exercemos, mas
participar na boda, no banquete, já não é uma obrigação e pode ser mesmo um
fardo. Com base no conselho
que me foi dado raramente aceito o convite para participar no banquete do casamento,
tornou-se para mim quase uma regra inviolável, e quando a quebro acabo por
confirmar que de facto tem muito sentido. Hoje, e passado exactamente
um ano sobre a última vez que tal aconteceu, voltei a quebrar a regra e depois
de ter presidido ao casamento do Filipe Daniel e da Ana Catarina fui participar
no banquete com a família e os amigos.
Foi uma tarde e
noite de convívio e da qual estou a chegar; e ainda que bastante cansado, com
vontade de um banho revigorante, e dizendo para mim mesmo que podia ter feito
muitas outras coisas que necessito neste tempo, venho muito feliz pelos
momentos vividos e partilhados.
Foram momentos
especiais pela alegria e paixão do Daniel e da Catarina, pelo carinho e pelo
acolhimento, pela atenção a cada pormenor, pela responsabilidade condimentada
com a graça, pelo amor que mostraram sentir um pelo outro e igualmente por
todos aqueles que fazem parte das suas vidas e os acompanharam neste caminho
que conduziu ao matrimónio.
Por tudo o que eles,
com amor, nos brindaram esta tarde, não podemos deixar de fazer votos que o
Senhor os continue a proteger, a guardar no seu amor, e os continue a ajudar a
ser testemunhas deste amor para com todos os que se cruzarem com eles.
Que o Senhor vos
abençoe, Daniel e Catarina.
Ilustração: Rosas vermelhas, que foi a flor usada no ramo da noiva.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarBem-haja pela partilha de uma rosa, tão bela, certamente com muito significado.
Votos de um bom domingo. Que o Senhor o guarde e o abençoe.
Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
Faz de mim uma melhor pessoa, Frei José Carlos, quando partilha as suas vivências como esta, e através do seu olhar nos conduz na observação do que há de melhor no "outro". Que o Senhor o conserve entre nós como exemplo do Mandamento Maior.
ResponderEliminarUm abraço amigo,
GVA
Frei José Carlos,
ResponderEliminarSinto a necessidade de esclarecer as razões pelas quais comentei somente a beleza da rosa(s) partilhada(s). Quando passei cerca da uma hora da noite no site do Convento para fazer a preparação para a missa de hoje e passei nos blogues, o que visualizei no último spot do Frei José Carlos eram as flores usadas no ramo da noiva do casamento a que presidira. Depreendi face ao intervalo da hora assinalada e aquele momento que não iria escrever. Por vezes, a ausência das palavras é tão significativa ou mais dos que as mesmas e era sensível que tinha sido algo de especial também para o Frei José Carlos.
Já tinha o código para pedir a publicação quando vi o “texto sem iustração”. Podia ter posteriormente eliminado as palavras que escrevera. Considerei que era preferível não fazê-lo.
A seguir li e saboreei as palavras que partilhou. Foi bom saber que tinha podido partilhar uma tarde e uma noite diferentes com alegria, carinho, e que vale a pena saber correr certos riscos.
Permita-me que aproveite esta oportunidade para dizer o que sinto e oiço a algumas pessoas em diversas situações, com necessidade de ajuda espiritual, ou momentos de grande tristeza ou sofrimento, praticantes e não praticantes. Em muitas paróquias, e nalguns conventos que não são de clausura, temos a sensação que a distância colocada face a quem pode precisar de ajuda é muito grande. Estou ciente que tem de haver regras, horários, etc, mas precisamos saber que é possível dispor de um maior acolhimento. Posso estar errada, mas sinto que diversas formas complementares de pôr em prática o Evangelho podem ajudar-nos no nosso peregrinar.
Peço desculpa ao Frei José Carlos pelo lapso cometido e um grande obrigada pelas palavras partilhadas que nos enriquecem sempre.
Que o Senhor o proteja e o abençoe. Continuação de um bom domingo.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva