Ao
apresentar-se dessa forma aos discípulos, ocupados com a condução e salvação da
barca no meio da tormenta da noite, Jesus apresenta-se como aquele que tem o
poder de salvar, que pode caminhar sobre as águas que preenchem o abismo e
representam a morte.
E
ao fazê-lo apresenta-se também como oferta de possibilidade àqueles que
acreditarem nele, que confiarem nele. A ordem dada a Pedro de que vá ter com
ele, caminhando sobre as águas à sua semelhança, é uma ordem que é dada a todos
os homens, a todos aqueles que arriscarem acreditar e confiar nele.
Com
Jesus, de olhos fitos no seu olhar, podemos atravessar o mar da morte e dominar
o medo face aos perigos que o mesmo mar nos apresenta e representa. Tal como
aconteceu com os discípulos, Jesus não está longe, e vem sempre ao encontro
daqueles que se encontram em aflição.
À
semelhança do que aconteceu com Pedro, Jesus dá aos homens, aos que confiam
nele, o poder e a autoridade sobre o mal, sobre as águas tumultuosas, um poder
que se torna efectivo e actuante na medida e na dimensão da mesma confiança
depositada nele.
Necessitamos
por isso, e face às situações de perigo e ameaça não nos deixarmos dominar pelo
medo, não ceder na confiança que depositámos em Deus, porque muito
frequentemente as forças do mal têm apenas sobre nós o poder que lhe concedemos.
Que
na nossa caminhada de fé, e nos desafios que ela acarreta, bem como na nossa caminhada
humana, com tantas fragilidades, saibamos sempre manter o olhar fixo em Jesus,
a nossa confiança depositada em Deus, que como sentinela vigilante não afasta
de nós o seu olhar e a sua atenção.
Ilustração:
“Jesus caminhando sobre as águas”, de Alexander Andreyevich Ivanov, Galeria Tretyakov,
Moscovo.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarNo texto da Meditação que teceu é importante afirmar-nos que ...” À semelhança do que aconteceu com Pedro, Jesus dá aos homens, aos que confiam nele, o poder e a autoridade sobre o mal, sobre as águas tumultuosas, um poder que se torna efectivo e actuante na medida e na dimensão da mesma confiança depositada nele.
Necessitamos por isso, e face às situações de perigo e ameaça não nos deixarmos dominar pelo medo, não ceder na confiança que depositámos em Deus, porque muito frequentemente as forças do mal têm apenas sobre nós o poder que lhe concedemos.”…
Obrigada, Frei José Carlos, pelas palavras partilhas, pela força e orientação que nos transmitem, ao recordar-nos … “Que na nossa caminhada de fé, e nos desafios que ela acarreta, bem como na nossa caminhada humana, com tantas fragilidades, saibamos sempre manter o olhar fixo em Jesus, a nossa confiança depositada em Deus, que como sentinela vigilante não afasta de nós o seu olhar e a sua atenção”.
Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe.
Continuação de boa semana. Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
P.S. Permita-me, Frei José Carlos, que partilhe um poema de Frei José Augusto Mourão, OP
caminho, verdade e vida
Deus, tu és o Caminho, a Verdade e a Vida/que se dão as mãos/porque a verdade do caminho
é a vida que a tece/e a engloba, aberta/e é a polifonia da ternura que acorda os caminhos/
e age e cura a vida//
tu és o caminho que precede todos os caminhos,/a visitação do corpo/no que o corpo esquece,/
o nunca visto da paz e da alegria//
dá a este corpo que o teu dom reúne/um instante de fome e de aflição/para que deste tempo-fora-do tempo/
se erga a verdade dos caminhos/da nossa vida e do nosso louvor,/Deus que vens em Jesus Cristo/
e no Espírito que nos ensina a rezar.
(In, “O nome e a Forma”, Pedra Angular, 2009)