quarta-feira, 8 de agosto de 2012

São Domingos de Guzman - Festa

Senhor, que nosso Pai São Domingos ajude a vossa Igreja pelos seus méritos e pela sua doutrina, e que se torne para nós um compassivo intercessor, ele que foi um eminente pregador da vossa Verdade.


Ilustração: São Domingos da fachada da igreja do Convento de São Domingos de Tui.

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    No dia em que a Ordem dos Pregadores celebrou a festa do seu fundador São Domingos de Guzman interrogo-me se é importante fazer memória do vosso fundador é também, se me permite, um dos muitos momentos de reflexão sobre o papel a desempenhar pela OP no mundo que vivemos. Ontem e hoje aproveitei para reler o que o Frei José Carlos tem publicado sobre São Domingos de Guzman e há dois ou três textos que publicou, em particular, o que intitulou “Dominicanos ...perspectivas para estes tempos” (Fevereiro de 2010) que vem ao encontro do que vou reflectindo ao longo do tempo e que me toca particularmente, pelas questões que levanta, pela actualidade das mesmas.
    Permita-me que cite algumas passagens do texto que referi no parágrafo anterior. ...” Acreditamos que temos essa missão, e vivemos para ela, ou pelo contrário o que fazemos quer socialmente ou intelectualmente serve apenas para nosso deleite e realização pessoal?
    E se ainda acreditamos, como usamos os meios que a Ordem dispôs sabiamente para essa missão? Que doutrina assumimos e pregamos? E que pregação realizamos?
    Neste sentido e num mundo de novos areópagos em qual deles nos situamos, porque não podemos estar em todos. (…)
    (...) É verdade que sempre estivemos na Igreja e com a Igreja, mas não foi o nosso serviço maior a essa mesma Igreja, questionar, levá-la a pensar sobre o que fazia e como o fazia?
    Tudo isto no entanto só foi possível devido a uma outra realidade teologal, da fé, a experiência pessoal e comunitária de Deus. (…)
    (…) Uma presença dominicana que queira ser significativa neste século XXI tem que regressar a estas experiências, a uma vivência sã e salutar daquilo que se diz serem as observâncias regulares. Não podemos viver sem rezar conjuntamente, sem partilhar a nossa fé e os nossos estudos, sem guardar um conjunto de disciplinas que ajudam a moldar o nosso ser e a testemunhar da experiência divina que fazemos. (…)
    (…) Hoje e mais do que nunca necessitamos líderes, líderes que governem as comunidades em equilíbrio de diferenças promovendo e perseguindo a unanimidade, combatendo a uniformidade e a indiferença, líderes que sonhem com novas formas de presença, novos projectos e que com o seu sonho arrastem outros atrás.(…)
    Como Frei José Carlos nos convida, peçamos ao Senhor que …” São Domingos ajude a vossa Igreja pelos seus méritos e pela sua doutrina, e que se torne para nós um compassivo intercessor, ele que foi um eminente pregador da vossa Verdade.”
    Que o Senhor o ilumine, o abençõe e o guarde entre nós. Peçamos ao sagrado coração da Virgem Maria que interceda junto de Jesus para que continue a restabelecer-se.
    Bom descanso.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

    P.S. Permita-me, Frei José Carlos, que partilhe excertos de um poema de Frei José Augusto Mourão, OP

    S. Domingos

    Deus, visitação dos nossos dias pardos,/palavra dos começos e do partir que não acaba,/liberta o corpo desta porção
    que a tua mão plantou e Domingos rega//

    prepara os nossos olhos para os caminhos a abrir,/liberta a nossa fala das violências do instante/e mais ainda da ruína
    do esquecimento,/da morte que vem só,/mais insidiosa que a violência das catástrofes;/protege as nossas diferenças,/
    não a indiferença que nos arrasta apáticos//

    activa a nossa imaginação e a nossa memória/em direcção aos horizontes que o nosso andar deslocam//
    ........

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