Todo o doente nos
recorda que também nós somos frágeis e podemos adoecer, que adoeceremos e que
como ele, como ela, passaremos dias e semanas, ou inclusive meses e anos,
amarrados a uma cama. O doente não é então simplesmente um outro, um pobrezinho
que tem que se ajudar, mas eu próprio, uma prefiguração muito expressiva da
limitação e caducidade pessoais.
Pablo d’Ors
Ilustração: Escultura de São João de Deus do pórtico da igreja do Convento de Mafra.
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