Em Março de 1934 o
frei Tomás Videira, pois é dele a letra, escreve em nome do frei Henri Abadie e
do Padre Jougla um pequeno cartão para o frei Gonçalo José Lourenço.
Nele se dá autorização
ao Padre José Lourenço para poder publicar a sua obra sobre os Sacramentos, o
chamado “Nihil obstat” necessário à publicação de qualquer obra sobre doutrina
católica.
Para além desta
autorização, esta pequena missiva tem alguns elementos que nos permitem reviver
o quotidiano do Seminário Dominicano instalado em Mogofores, como o número dos
alunos ali presentes, eram 15, a pequena recordação enviada pelo Padre José
Lourenço distribuída aos alunos e recebida com imensa alegria, e a gratidão
pela oração pois outra forma de agradecimento não existia.
Pequenas notas de um
quotidiano feito de dificuldades e pequenas alegrias
Reverendo Padre
É com o mais vivo
interesse que o Reverendo Padre Jougla e eu lemos as suas últimas
lições sobre os Sacramentos.
É com muito prazer e
de todo o coração que lhe damos o nosso “Nihil obstat” fazendo os votos mais
ardentes ao Céu para que o seu interessante e bem elaborado trabalho alcance a
maior difusão para o bem das almas e glória de Deus.
Distribui as suas
fotografias aos alunos: ficaram encantados e todos lhe agradecem: prometeram-me
todos de rezar particularmente para Vossa Reverendíssima em sinal de gratidão:
são 15 por enquanto todos muito aplicados e piedosos dando as mais lisonjeiras
esperanças para o futuro.
Com muita estima e
profundo respeito subscrevo-me seu humilde irmão em São Domingos.
Fr. Henri Abadie
Frei José Carlos,
ResponderEliminarA leitura das notas da vida do Seminário Dominicano de Mogofores e uma das observações de Frei José Carlos e que passo a transcrever … “a gratidão pela oração pois outra forma de agradecimento não existia”… levou-me a reflectir na minha “itinerância” como cristã. Pedi, peço que alguém que tem um significado especial para mim, reze por mim. E se não peço estou certa que faço parte das suas orações. E pergunto quantos não crentes não pedem que oremos por eles mas sabem que estão presentes nas orações dos amigos cristãos. Que melhor presente, que melhor troca de amizade do que a “gratidão pela oração” Frei José Carlos?
Grata, Frei José Carlos, pela partilha. Faz-me reflectir. Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe.
Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva