quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pequenas notas da vida do Seminário de Mogofores

Em Março de 1934 o frei Tomás Videira, pois é dele a letra, escreve em nome do frei Henri Abadie e do Padre Jougla um pequeno cartão para o frei Gonçalo José Lourenço.
Nele se dá autorização ao Padre José Lourenço para poder publicar a sua obra sobre os Sacramentos, o chamado “Nihil obstat” necessário à publicação de qualquer obra sobre doutrina católica.
Para além desta autorização, esta pequena missiva tem alguns elementos que nos permitem reviver o quotidiano do Seminário Dominicano instalado em Mogofores, como o número dos alunos ali presentes, eram 15, a pequena recordação enviada pelo Padre José Lourenço distribuída aos alunos e recebida com imensa alegria, e a gratidão pela oração pois outra forma de agradecimento não existia.
Pequenas notas de um quotidiano feito de dificuldades e pequenas alegrias
 
Mogofores 4-III-934
Reverendo Padre
É com o mais vivo interesse que o Reverendo Padre Jougla e eu lemos as suas últimas lições sobre os Sacramentos.
É com muito prazer e de todo o coração que lhe damos o nosso “Nihil obstat” fazendo os votos mais ardentes ao Céu para que o seu interessante e bem elaborado trabalho alcance a maior difusão para o bem das almas e glória de Deus.
Distribui as suas fotografias aos alunos: ficaram encantados e todos lhe agradecem: prometeram-me todos de rezar particularmente para Vossa Reverendíssima em sinal de gratidão: são 15 por enquanto todos muito aplicados e piedosos dando as mais lisonjeiras esperanças para o futuro.
Com muita estima e profundo respeito subscrevo-me seu humilde irmão em São Domingos.
Fr. Henri Abadie

 

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    A leitura das notas da vida do Seminário Dominicano de Mogofores e uma das observações de Frei José Carlos e que passo a transcrever … “a gratidão pela oração pois outra forma de agradecimento não existia”… levou-me a reflectir na minha “itinerância” como cristã. Pedi, peço que alguém que tem um significado especial para mim, reze por mim. E se não peço estou certa que faço parte das suas orações. E pergunto quantos não crentes não pedem que oremos por eles mas sabem que estão presentes nas orações dos amigos cristãos. Que melhor presente, que melhor troca de amizade do que a “gratidão pela oração” Frei José Carlos?
    Grata, Frei José Carlos, pela partilha. Faz-me reflectir. Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe.
    Bom descanso.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

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