quinta-feira, 30 de maio de 2013

Soneto de Fernanda de Castro

Mais um poema encontrado nos baús velhos. Este está identificado como sendo da poetisa Fernanda de Castro.
 
Canta. Busca na vida o que é perfeito.
Olha o Sol e não queiras outro guia.
Sonha com a noite e absorve, aspira o dia,
Como uma flor que te florisse no peito.
 
Da terra maternal faz o teu leito.
Respira a terra e bebe o luar. Confia.
Faz de cada pena uma alegria
E um bem de cada mal insatisfeito.
 
Colhe todas as flores do jardim,
Todos os frutos do pomar e, enfim,
Colhe todos os sonhos do Universo.
 
Procurar eternizar cada momento.
Fecha os olhos a todo o sofrimento
- E terás feito a carne do teu verso.
 
Ilustração: Jardins do Convento de Cristo em tomar ao final do dia.

2 comentários:

  1. É o sim de cada dia, mais ou menos simples, mais ou
    menos difícil, que constitui o Sim que o Pai espera de nós, que O escolhemos e às Suas consequências.
    Ir. Teresa,O.P.

    ResponderEliminar
  2. Frei José Carlos,

    Belo poema revelador de grande sensibilidade. Cada palavra transmite-nos força, beleza. …” Sonha com a noite e absorve, aspira o dia,/Como uma flor que te florisse no peito.”…
    Que bela inspiração para o início da noite, Frei José Carlos. Bem-haja. Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe.
    Bom descanso.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

    P.S. Fernanda de Castro teve um papel muito importante no apoio ao próximo, às crianças com menos recursos. MJ

    ResponderEliminar