André Comte-Sponville na sua crónica para a revista “Le Monde des Religions” deste mês de Março escreve que “a alegria de amar, mesmo frágil e inquieta, vale mais que a impossível quietude da indiferença”.
Ao terminar mais um ano de Celebrações da Palavra no Externato Marista de Lisboa não posso deixar de associar a afirmação deste filósofo contemporâneo francês ao que foi a minha experiência com os jovens alunos Maristas nestas Celebrações.
Ao longo das trinta e cinco Celebrações, desde o quinto ao décimo segundo ano, pude constatar e confirmar como a alegria de amar está presente na vida destes jovens e adolescentes, ainda que muitas vezes com alguma fragilidade e bastante inquietude. Mas não é isso o mais natural, nesta fase da vida?
Por outro lado pude também constatar que a quietude da indiferença é de facto algo impossível, e que ainda que alguns jovens e adolescentes se mostrem indiferentes, ou procurem mostrar indiferentes, a verdade é que o sangue fresco e jovem que lhes corre nas veias não lhes permite essa quietude. Há uma sede natural que necessitam saciar, ainda que a disfarcem alguma vez.
Por tudo isto, pelo que pude partilhar com eles, ou melhor, o que eles partilharam comigo, dou graças a Deus, porque foi um verdadeiro privilégio e um gozo tremendo Celebrar com jovens que na sua fragilidade e inquietude não deixam de tentar buscar a alegria do amor e lutar contra a indiferença nas suas mais diversas manifestações.
Ilustração: Guião e Lembrança da Celebração da Palavra do 12º/2.
Ilustração: Guião e Lembrança da Celebração da Palavra do 12º/2.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarLi o texto que teceu e intitulou “A alegria do amor nas Celebrações da Palavra no Externato Marista de Lisboa”. Fiquei algum tempo a meditar sobre diversos temas ou assuntos que brotaram depois de reflectir sobre o que escrevera. Interrogo-me porque continuo interessada por todos estes temas. Vão longe os tempos em que iniciei a vida profissional no ensino (antigo 3º ao 7º) por um período relativamente breve mas que deixou gratas recordações. Os sobrinhos, afilhados, filhos de amigos, em geral, ultrapassaram largamente estes grupos etários e apesar do meu filho ser o mais novo já iniciou a casa dos vintes, algumas das questões que se colocam não são muito diferentes. Na realidade, o que me interessa e continua a maravilhar é o ser humano, o dom da vida, não importa a idade, ciente de todas as dificuldades das relações, dos afectos. Ao longo da nossa vida vamos combinando começos e recomeços, reencontros e descobertas.
Há uma diferença assinalável na actualidade, é a intensidade ou a indiferença (aparente?) das relações dos jovens. Porém, é a utopia que prevalece nas relações, onde está presente o dom, a comunhão, a beleza. A associação que fez é verdadeira ...“a alegria de amar, mesmo frágil e inquieta, vale mais que a impossível quietude da indiferença”. …
Como nos diz Frei José Carlos, “foi um verdadeiro privilégio, e um gozo tremendo Celebrar com jovens que na sua fragilidade e inquietude não deixam de tentar buscar a alegria do amor e lutar contra a indiferença nas suas mais diversas manifestações”.
Obrigada, Frei José Carlos, por esta partilha, profunda, maravilhosa. Que o Senhor abençoe e proteja o Frei José Carlos.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
Frei José Carlos,
ResponderEliminarAo ler o belo texto com um maravilhoso título Aalegria do amor nas Celebrações da Palavra no Externato Marista de Lisboa.Fiquei maravilhada,com a sua ilustração.Obrigada,Frei José Carlos,por ter partilhado connosco,toda esta riqueza de mensagem,que nos enriquece,com a partilha destes jovens.Como nos diz no texto o Frei José Carlos,foi um verdadeiro privilégio e um gozo tremendo Celebrar com jovens que na sua fragilidade e inquietude não deixam de tentar buscar a alegria do amor e lutar contra a indiferença nas suas mais diversas manifestações.Muito grata ,Frei José Carlos,por tudo quanto partilhou connosco.Bem-haja.Que o Senhor lhe conceda sempre o dom da sabedoria,que o ilumine e o proteja.Continuação de uma boa semana.
Um abraço fraterno.
AD