quinta-feira, 15 de março de 2012

A propósito de Mapas da presença Dominicana em Portugal


Quando em 1962, aquando da restauração da Província, foi feita uma pequena brochura pelo frei Raul de Almeida Rolo, e na qual se expunha uma pequena síntese da história da presença dos Dominicanos em Portugal, foi elaborado um mapa indicando os conventos constituídos ao longo da história em todo o território nacional.
Tendo conhecimento desse mapa, foi com bastante surpresa que ao desfolhar a obra “O Esplendor da Austeridade, mil anos de empreendedorismo das ordens e congregações em Portugal: Arte, Cultura e Solidariedade”, editada na Imprensa Nacional Casa da Moeda sob a direcção de José Eduardo Franco, me deparei com o mapa que nesta obra se encontra sobre a presença dominicana em Portugal.
Confesso que na altura fiquei surpreso e um tanto desconcertado, pois o mapa não assinalava os mais antigos e importantes conventos, como os de São Domingos de Lisboa, de Évora ou do Porto, e o Convento da Batalha. Só com um pouco mais de atenção me apercebi que o mapa dizia apenas respeito aos conventos constituídos no século XVI, tanto masculinos como femininos.
Com ainda um pouco mais de atenção, dei-me também conta que o mesmo acontecia com a Ordem Franciscana, e que afinal o século dezasseis tinha sido o critério para a elaboração dos mapas relativos às nossas duas Ordens.
Contudo, não posso deixar de me interrogar sobre este mesmo critério, e a sua validade, uma vez que a obra se apresenta como dizendo respeito a mil anos de empreendedorismo, e nesta lógica e face ao critério adoptado foram deixados de parte os mais importantes e historicamente significativos conventos, pelos menos dominicanos.
Neste sentido, e para repor um pouco da verdade e evitar que alguém caia no mesmo erro que eu caí, ao desfolhar o livro pela primeira vez, deixo os dois mapas para confronto.

2 comentários:

  1. Frei José Carlos,

    Muito grata,pelo excelente texto e sua ilustração com os mapas,assinalando os Conventos Dominicanos,do século XVl,tanto masculinos como femininos.Obrigada,Frei José Carlos,por esta belíssima documentação que nos deu a conhecer,gostei muito.Grata, pela maravilhosa partilha,da continuação da história da Restauração da Província Portuguesa da Ordem Dominicana.É enriquecedor,todo este belo trabalho que tem vindo a partilhar connosco.Bem-haja,Frei José Carlos.Desejo-lhe uma boa noite.
    Que o Senhor o ilumine e o proteja.
    Um abraço fraterno.
    AD

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  2. Frei José Carlos,

    A observação que faz e a justificação que dá sobre a escolha e a validade de um determinado século para a elaboração dos mapas dos conventos é pertinente, no que se reporta à obra “O Esplendor da Austeridade, mil anos de empreendedorismo das ordens e congregações em Portugal: Arte, Cultura e Solidariedade” elaborada sob a direcção do Professor José Eduardo Franco.
    Ainda não tive oportunidade de ler a obra mas a Pastoral da Cultura divulgou o sumário da mesma e a Primeira Parte intitula-se “Das Origens à Modernidade”, o que reforça o que Frei José Carlos afirma …” uma vez que a obra se apresenta como dizendo respeito a mil anos de empreendedorismo, e nesta lógica e face ao critério adoptado foram deixados de parte os mais importantes e historicamente significativos conventos, pelos menos dominicanos.”…
    Obrigada, Frei José Carlos, pela pertinência da observação. Bem-haja.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

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