quinta-feira, 8 de março de 2012

Contas dos estudantes portugueses em Saint-Maximin no segundo trimestre de 1931

A 12 de Agosto de 1931, o Procurador da Escola Teológica de Saint-Maximin apresentava as contas das despesas feitas pelos estudantes portugueses ali presentes. Por elas podemos aferir dos dominicanos portugueses ali presentes e dos custos que representavam para os padres que em Portugal tentavam angariar fundos para o pagamento.
Pelas contas feitas podemos também constatar que houve alguns erros de contabilidade em prejuízo de Portugal no que respeita às despesas feitas pelo frei Tomás Maria Videira, não sabendo por agora se foram corrigidos ou não.

Conta Trimestral dos Estudantes Portugueses
Ano 1931 – Segundo Trimestre (Abril – Junho)

R. P. Tomás Videira (de 22 Março a 14 Julho)
113 Dias a 5 francos – 565 (o valor apontado é de 575 francos)
7 Missas a 10 francos – 70
Viagens, mala e passaporte – 1000
Um relógio de ocasião – 40
Total – 1675 (o valor apontado é de 1785, o que significa que foram debitados mais cento e dez francos do que o devido)

R. P. Gonçalo Tavares (sem indicação das datas de estadia)
91 Dias a 5 francos – 455
Certificado de estadia – 13,75
6 Missas a 10 francos – 60
Material de Escritório, dossiers classificadores – 7,50
Livros – 25,50
Total – 561,75

R. F. Gil Alferes (sem indicação das datas de estadia)
91 Dias a 15 francos – 1365
1 Livro – In metaphisica Aristotelis – 40
Reparação de sapatos – 22
Total – 1427

R. F. Bartolomeu Martins (sem indicação das datas de estadia)
91 Dias a 15 francos – 1365
Reparação de sapatos – 50
Total – 1415

R. F. Lourenço da Rocha (sem indicação das datas de estadia)
91 Dias a 15 francos – 1365
Sapatos – 18
Total – 1383

Total Geral
1785,00
0561,75
1427,00
1415,00
1383,00
6571,75

Ecole Théologique Saint-Maximin (Var)
Le Procureur

2 comentários:

  1. Frei José Carlos,

    Leio o texto que redigiu sobre as despesas feitas pelos estudantes dominicanos portugueses em Saint-Maximin no segundo trimestre de 1931. Que dificuldades Portugal atravessava e recordo-me de um outro texto que o Frei José Carlos escreveu anteriormente sobre as dificuldades que os padres tinham para fazer face às despesas e a disponibilidade de alguns beneméritos.
    Aprecio cada uma das contas e faz-me sorrir a natureza dos diversos itens de despesa pessoal.
    Esta nota, se me permite, Frei José Carlos, levou-me a recordar o registo das despesas (em agendas de secretária) que fiz, em especial, quando vim estudar para Lisboa ou estive fora do País pelas mesmas razões (estava o FMI em Portugal e que dificuldade para transferir dinheiro!). Os registos feitos em Portugal tinham uma diferença dos segundos. Não apreciando a feitura de diários, no espaço de papel que sobrava das contas, utilizava-o para tomar algumas notas sobre a vida familiar, social ou cultural. Foi uma excelente disciplina para que o “deve” nunca fosse superior ao “haver”. Bem-haja pela partilha.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

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  2. Frei José Carlos,

    Li o texto que partilhou connosco, sobre as despesas dos estudantes portugueses,em Saint-Maximin no segundo trimestre de 1931.Muitas dificuldades passaram para fazer face às despesas.Obrigada,Frei José Carlos,pela continuação do texto anterior,gostei muito.Cada vez mais hoje,as dificuldades económicas são os problemas mais difíceis de resolver.Bem-haja,Frei José Carlos,pela bela partilha.Que o Senhor o ajude e o abençõe.Um bom dia.
    Um abraço fraterno.
    AD
    .

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