Podemos dizer que as
vocações dos primeiros discípulos de Jesus são surpreendentes, há como que uma
pedagogia profissional por parte de Jesus para se aqueles homens se encontrem
profundamente com ele.
Como um bom professor,
um bom pedagogo, Jesus não oferece a resposta, não dá o peixe, de acordo com o
provérbio chinês, mas ensina a pescar, ensina os seus discípulos a compreender
e encontrarem a resposta por si próprios.
Jesus oferece-se,
coloca-se face aos discípulos que fazem perguntas, que querem ver, que seguem
para experimentar, e por fim cada um deles pode afirmar como Filipe para
Nataniel, “encontrámos aquele de quem está escrito”.
O conhecimento é
afinal um processo pessoal, um processo de encontro, que vem em direcção do
outro que procura e deseja igualmente o encontro. De alguma forma Jesus deixa
na nossa mão a liberdade da descoberta, do encontro, ainda que ele se apresente
e venha também ao nosso encontro.
É neste sentido que
Jesus diz a Nataniel que o tinha visto debaixo da figueira, ou seja, ele já
tinha ido ao seu encontro, já o tinha procurado, ainda que Nataniel não se
tenha dado conta disso, não tenha estado atento à oferta que se lhe fazia.
Também hoje Jesus vem
ao nosso encontro, continua a vir ao encontro de todos os homens, e tal como
para os primeiros discípulos deixa-nos a liberdade de podermos gozar a alegria
de o descobrirmos, de nos encontrarmos com ele.
Como dizem hoje os
jovens, Jesus não é pesado, não é um “cola”, mas pelo contrário deixa-nos a
liberdade de podermos realizar um encontro, uma descoberta e de podermos dizer
com toda a alegria, “tu és o Filho de Deus”.
Neste tempo de Natal,
a partir dos pastores, passando pelos Reis Magos e até aos primeiros
discípulos, Jesus deixa-nos a experiência de que se deixa encontrar por quem
quer que o procure, que se faz descobrir por quem arrisca a aventura da
descoberta.
O desafio permanece
aberto para todos nós, procuremos pois libertar-nos dos medos e preconceitos e
arrisquemos uma experiência.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarO encontro com Jesus é um processo de procura permanente por parte de Jesus, e também da nossa parte é uma busca constante, activa, livre. O seguimento de Jesus só é verdadeiro se for livre e que nos conduz a um processo de diálogo, de oração, de serenidade, mas, por vezes de questionamento, e transformação que nos leva à libertação dos nossos egoísmos, à coerência das atitudes e actos. Jesus não nos pede muito e recordo, neste instante, a oração adaptada do aluno Gaspar, que oportunamente o Frei José Carlos partilhou no ano de 2012, provavelmente porque a rezo com frequência. É uma caminhada guiada por Jesus.
Como nos afirma, ...” O conhecimento é afinal um processo pessoal, um processo de encontro, que vem em direcção do outro que procura e deseja igualmente o encontro. De alguma forma Jesus deixa na nossa mão a liberdade da descoberta, do encontro, ainda que ele se apresente e venha também ao nosso encontro.(…)
(...)Também hoje Jesus vem ao nosso encontro, continua a vir ao encontro de todos os homens, e tal como para os primeiros discípulos deixa-nos a liberdade de podermos gozar a alegria de o descobrirmos, de nos encontrarmos com ele.”…
Grata, Frei José Carlos, pela partilha do texto da Meditação, profundo e pedagógico, maravilhosamente ilustrado, por recordar –nos que ... “Jesus deixa-nos a experiência de que se deixa encontrar por quem quer que o procure, que se faz descobrir por quem arrisca a aventura da descoberta.”…
Que o Senhor o ilumine, abençoe e proteja. Votos de um bom domingo.
Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva