O reconhecimento e
indicação, por parte de João Baptista, do Messias, do Cordeiro de Deus, têm
como consequência imediata a partida de André e João no encalce de Jesus. São aqueles
que serão os primeiros discípulos.
Se em Caná da Galileia
Jesus responde a sua mãe que ainda não tinha chegado a sua hora, na oração do
jardim das oliveiras a hora premente e presente é assumida com tudo o que
acarreta de dor, de sofrimento e de morte.
O primeiro encontro de Jesus com André e João acontece por volta das quatro horas ou meia tarde, conforme as traduções do original grego. Esta especificidade da hora remete-nos para um outro momento em que a hora é a mesma, o momento em que tudo foi consumado, em que Jesus se encontra morto na cruz.
Assim, num e noutro momento, os discípulos e nós próprios somos confrontados com o desafio de seguir Jesus e permanecer com ele apesar da insignificância dos sinais, ou mesmo, da contradição dos sinais.
André e João ficaram com Jesus naquele dia, mas certamente pouco teriam visto de extraordinário para imediatamente irem anunciar aos irmãos que tinham encontrado o Messias.
Junto à cruz, após a morte, o corpo exposto de Jesus é o mesmo sinal de vazio, de impotência, de uma normalidade sem qualquer importância; e contudo é permanecendo ali que se encontra a palavra para anunciar aos outros, que se faz a experiência e descoberta do Messias Salvador.
Par tal não se pode abdicar do processo que o encontro de João e André com Jesus desenvolve, um processo de questionamento que não tem resposta mas apenas perguntas. Jesus pergunta aos dois discípulos o que procuram e eles respondem-lhe com uma outra questão, onde moras?
A nossa fé face à morte na cruz e à simplicidade da vida de Jesus, ao desencontro de significatividade diante das expectativas, encontra resposta e fortalecimento nesse questionamento mútuo, pois Deus não deixa de nos perguntar o que procuramos e nós não podemos deixar de lhe perguntar onde mora.
Onde mora hoje, aqui e agora, onde é possível fazer a experiência do encontro, a experiência da transignificação das nossas mesmas realidades de modo a podermos também partir a anunciar aos nossos irmãos que encontrámos o Messias Salvador.
O encontro com Jesus, a busca de fidelidade a Deus, é assim um processo que continua em aberto, em constante questionamento, o que exige uma capacidade de escuta para saber também no que somos questionados.
Que o Espirito Santo ilumine o nosso coração e a nossa inteligência para colocarmos as questões que Deus espera de nós, e nos conceda a paz e o silêncio interior para escutarmos as questões que também Deus nos coloca.
O primeiro encontro de Jesus com André e João acontece por volta das quatro horas ou meia tarde, conforme as traduções do original grego. Esta especificidade da hora remete-nos para um outro momento em que a hora é a mesma, o momento em que tudo foi consumado, em que Jesus se encontra morto na cruz.
Assim, num e noutro momento, os discípulos e nós próprios somos confrontados com o desafio de seguir Jesus e permanecer com ele apesar da insignificância dos sinais, ou mesmo, da contradição dos sinais.
André e João ficaram com Jesus naquele dia, mas certamente pouco teriam visto de extraordinário para imediatamente irem anunciar aos irmãos que tinham encontrado o Messias.
Junto à cruz, após a morte, o corpo exposto de Jesus é o mesmo sinal de vazio, de impotência, de uma normalidade sem qualquer importância; e contudo é permanecendo ali que se encontra a palavra para anunciar aos outros, que se faz a experiência e descoberta do Messias Salvador.
Par tal não se pode abdicar do processo que o encontro de João e André com Jesus desenvolve, um processo de questionamento que não tem resposta mas apenas perguntas. Jesus pergunta aos dois discípulos o que procuram e eles respondem-lhe com uma outra questão, onde moras?
A nossa fé face à morte na cruz e à simplicidade da vida de Jesus, ao desencontro de significatividade diante das expectativas, encontra resposta e fortalecimento nesse questionamento mútuo, pois Deus não deixa de nos perguntar o que procuramos e nós não podemos deixar de lhe perguntar onde mora.
Onde mora hoje, aqui e agora, onde é possível fazer a experiência do encontro, a experiência da transignificação das nossas mesmas realidades de modo a podermos também partir a anunciar aos nossos irmãos que encontrámos o Messias Salvador.
O encontro com Jesus, a busca de fidelidade a Deus, é assim um processo que continua em aberto, em constante questionamento, o que exige uma capacidade de escuta para saber também no que somos questionados.
Que o Espirito Santo ilumine o nosso coração e a nossa inteligência para colocarmos as questões que Deus espera de nós, e nos conceda a paz e o silêncio interior para escutarmos as questões que também Deus nos coloca.
Ilustração: “São João Baptista aponta o Messias a André”, de Ottavio Vannini na Capela del Rosso, Igreja de San Gaetano, Florença.
O desafio de seguir Jesus e permanecer com Ele levanta-nos uma série de questões difíceis de responder. Só no silêncio da oração encontraremos a resposta. Difícil às vezes...I.T
ResponderEliminarFrei José Carlos,
ResponderEliminarAgradeço-lhe a bela e excelente Meditação sobre o Evangelho de São João,tão profundas as suas palavras,que nos ajudam à nossa reflexão diária.O nosso encontro com Jesus,a busca de fidelidade a Deus,num processo que continua em aberto,em constante questionamento,o que exige uma grande capacidade de escuta para saber também no que somos questionados,como nos diz o Frei José Carlos.
Precisamos que o Espirito Santo ilumine o nosso coração e a nossa inteligência para colocarmos as questões que Deus espera de nós,e nos conceda a paz e o silêncio interior para escutarmos as questões que também Deus nos coloca.Grata,Frei José Carlos,pela partilha maravilhosa que partilhou connosco.Bem-haja.Que o Senhor na sua infinita bondade e fidelidade,o guarde e o ilumine e o proteja.Desejo-lhe uma boa tarde e um bom fim de semana.
Um abraço fraterno.
AD