Ó Chave da casa de David, que abris e ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir; vinde libertar os que vivem nas trevas do cativeiro e nas sombras da morte.
Quantas cadeias Senhor
Quantos grilhões nos acorrentam
O corpo e o seu peso
Esta avidez de possuir
E um afecto que não nos satisfaz.
A prisão da carne e apetites
Uma imaginação que cavalga
Desenfreada e louca
Entre névoas e véus de noite.
Um cavalo negro
E nele nos perseguindo
A macabra com a ferramenta
Da ceifa dos campos já maduros.
Vem Senhor, chave de todas portas
Resposta a todas as perguntas
Libertador de todas as prisões
Vem libertar-nos.
És a chave da porta do paraíso
A tenda aberta ao vento
Corpo novo onde sopra
A vida nova da luz.
Vem nos abrir ao teu amor
Vem fechar-nos no teu amor
Acolhe-nos na tua casa e livra-nos
Da ceifa cega e muda.
Tu és a Chave, a porta, a casa
O Caminho, a Verdade, a Vida
Tu És e fazes Ser.
Ilustração: “Descida aos infernos”, fresco do Beato Angélico no Convento de São Marcos de Florença.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarNuma dimensão de espera, a Antífona do Ó do dia 20 de Dezembro (Ó Chave da casa de David...) encerra uma súplica profunda ao Senhor, “Chave de todas as portas”, do qual vou respigar algumas frases, que me tocam, se me permite.
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“Vem libertar-nos.
És a chave da porta do paraíso
A tenda aberta ao vento
Corpo novo onde sopra
A vida nova da luz.
Vem nos abrir ao teu amor
Vem fechar-nos no teu amor
Acolhe-nos na tua casa e livra-nos
Da ceifa cega e muda.
Tu és a Chave, a porta, a casa
O Caminho, a Verdade, a Vida
Tu És e fazes Ser”.
Obrigada, Frei José Carlos, pela partilha da Meditação, de grande densidade, bela, que nos dá alento, que nos reconforta. Bem-haja.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva