Os símbolos têm essa missão de nos representar realidades complexas cujo significado transcende o poder evocativo das palavras. Foi com esse objectivo que o director do Colégio Clenardo, Padre João de Oliveira Faria, procurou encontrar num emblema o símbolo que exprimisse a riqueza dos valores que norteavam o projecto do colégio e a consciência que daí devia derivar.
O membro da comunidade colegial Américo Soares, jovem dotado de inteligência e sensibilidade artística, foi o criador desse símbolo, cuja explicação foi apresentada também por ele no pequeno boletim mensal dos alunos do terceiro ciclo “A Espiral”, em Março de 1952, e depois na “Memória do Ano Escolar de 1955-1956”, à qual nos reportamos.
“Era necessário colocar no escudo quatro elementos de distinção: o país onde funciona o colégio, a Ordem Religiosa a que pertence, o símbolo do Padroeiro e as educações ministradas.
Dividido o escudo em quatro campos, e procurando um arranjo artístico destes elementos em que a ordem e a calma estivessem a par da firmeza das linhas na rigidez da representação, colocou-se o símbolo do Padroeiro São Tomás de Aquino no quartel de honra. Ainda na parte superior, mas à esquerda, o Escudo Nacional Português.
Em baixo, os símbolos das educações ministradas, intelectual, física, moral e religiosa. A primeira representada por uma candeia de prata sobre fundo azul, cuja chama alumia as trevas da ignorância, e no outro quartel, também de azul, a coroa de louros da vitória sobre uma pala de branco, a qual representa a pureza necessária à saúde física e moral.
Sobre o todo, quer dizer, ocupando todo o campo do brasão, a cruz dominicana, e como elmo a Estrela da Verdade de São Domingos. Na divisa, a frase de São Tomás que encerra todo um programa para a juventude, “adorar, contemplar, estudar”.”
Não posso deixar de acreditar que todos os que viveram à sombra deste escudo, frades, professores, alunos, procuraram honrar os valores que nele estão expressos, e a prova disso são as memórias que ainda hoje nos chegam daqueles que ali passaram alguns anos da sua meninice e juventude nas décadas de cinquenta e sessenta do século passado.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarÉ muito interessante e significativa a partilha do Brasão do Colégio Clenardo em Lisboa. É obra de artista. Constitui um símbolo de grande beleza, espiritual e estética. Como nos diz ...” Os símbolos têm essa missão de nos representar realidades complexas cujo significado transcende o poder evocativo das palavras”…
Obrigada, Frei José Carlos, pela partilha. Bem-haja.
Votos de uma boa semana.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
Frei José Carlos,
ResponderEliminarMuito grata pelo maravilhoso e belo texto,bem ilustrado,com o Brasão do Colégio Clenardo em Lisboa.Como nos diz o Frei José Carlos,os símbolos têm essa missão de representar realidades complexas cujo significado transcende o poder evocativo das palavras.
Obrigada, Frei José Carlos,pela beleza de partilha.Gostei muito de o conhecer.Bem-haja.Uma boa semana.
Um abraço fraterno.
AD
Fui aluno deste excelente colégio nos anos 60, hoje já com 66 anos recordo ainda com muita saudade os tempos que lá passei e o que ficou, foi para a VIDA.
ResponderEliminarNesse tempo era o Padre João director, Padre Gil Professor de Francês e Português e o Padre Jorge de Matemática. Tenho ainda presentes as suas fisionomias e aqueles rostos francos de bondade e compreensão.Bem Hajam e Grato por tudo que me deram.